A edição de ontem, 29 de maio, do programa diário The World with Yalda Hakim na Sky News foi dedicada especialmente à situação terrível imperante na “Faixa da Des-gaza”. Nem nosso famoso embaixadinha israelense na ONU Danny Danoninho, com toda sua obsessão pelo “hamaff”, chegou ao nível de baixeza desse idoso histérico que transformou a entrevista numa briga de condomínio impossível de acompanhar! Ele se apresenta como ex-assessor (adivinhe de quem?) do Bibi do Hamas, e não deixa sequer a Yalda interromper brevemente suas respostas quilométricas pra pedir esclarecimentos. Embora as emissoras sempre tenham problemas com o tempo, também penso que ela podia o deixar livre por um tempo pra daí fazer “provocações” mais pontuais.
O resultado foi que um começou a querer falar em cima do outro, e mesmo achando importante ouvir o lado do apologista de assassino, tive que pular devido ao incômodo que a situação me causou. Queria, por exemplo, que Yalda o impelisse a provar as acusações de que o “hamaff” estaria roubando ajuda humanitária e a vendendo por preços muito acima do mercado. Queria que pelo menos ele desmentisse a acusação inversa, de que grupos extremistas judeus, com a anuência do próprio governo, é que estariam roubando pra culpar os terroristas.
Mas a decepção foi completa, e fiquei mesmo sem saber se o tiozão do Zap teria algo a declarar, inclusive, sobre o famigerado “Qatargate”, escândalo segundo o qual Bibi é quem teria combinado com Doha de deixar o emir dar dinheiro pro Hamas investir na reconstrução de “Gavva”. Fundos que, infelizmente, podem ter financiado toda a construção de um famoso “metrô” por que passava de tudo, menos trens...

Olhe pra esta placa e ache o erro.
Não achou? Olhe de novo e tente outra vez.
Não conseguiu? Pois bem, eu explico: não é bem um “erro”, mas após uma pesquisa, penso que aprendi uma palavra nova na língua de Maomé. Era uma reportagem do mesmo especial sobre a ocupação ilegal da Cisjordânia (ou “Judeia e Samaria”, como eles chamam) pelos israelenses. O nome da cidade de Jerusalém está traduzido em árabe como “Uurushaliim”, e não “Al-Quds” (lit. “a sagrada”), que é a forma mais usada. Acabei descobrindo que essa versão árabe só é usada em Israel, mais exatamente em documentos oficiais redigidos nessa língua, e em contextos religiosos de cristãos arabófonos. Porém, fora desses meios, mesmo entre árabes cristãos, permanece a tradicional “Al-Quds”.
Nadehzda Iurova, da Novaia Gazeta Ievropa, fora de contexto. O primeiro tomei a liberdade de traduzir usando o sotaque de Bragança Paulista. O segundo podia ser chamado Why Are You Gae versão “exilados russos”, rs.
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