ATENÇÃO: CENAS FORTES! Certos conteúdos são tão raros na mídia bananeira, e têm tão pouca probabilidade de aparecer até mesmo nos telejornais mainstream “da gringa” (odeio esse termo!), que às vezes é melhor fazer de tudo pra os traduzir, tamanha é sua contribuição pra desmontar a propaganda do Kremlin. Na edição de sexta-feira, 23 de maio, do boletim de notícias da Radio Svoboda (sucursal em russo da Liberty/Free Europe), revela-se o aumento de deserções entre os porcos que invadiram a Ucrânia, conforme investigação de um famoso portal anti-Putin.
O vídeo com o trecho apresentado pela repórter Melani Bachina segue abaixo, e sugiro cautela ao assistir, pois há cenas de maus tratos a desertores. Na primeira, o comandante zoa da cara dos soldados, lhes dando restos de comida, e na segunda, um fugitivo não identificado relata os abusos dos comandantes, que também são resumidos no texto. Mantive ambos no corte, mas decidi não os transcrever nem traduzir, porque a linguagem era oral demais. Estão indicados com as reticências entre colchetes, e minhas observações também estão entre colchetes. Nesta reportagem da Deutsche Welle em russo, o mesmo assunto é abordado (você pode traduzir com o Google).
Falando em tradução, vou resumir como obtive o texto. Eu extraí as legendas por meio de IA usando o programa Microsoft Clipchamp do Windows 11, que não é perfeito, mas já ajuda pra caramba, poupando dedos e ouvidos. Após polir o texto, eu o joguei no Google Tradutor, cujo resultado cotejei com o original e ao qual dei a forma final abaixo. Tenho usado tanto essas “tecnologias modernas” que nem vou mais as citar, exceto se tiver aparecido um recurso excepcional que achei imprescindível partilhar. No futuro, vou falar mais em “eu mesmo traduzi”, quaisquer que tenham sido as ferramentas, ou em “eu adaptei a tradução”, se já houver alguma publicada, mas que julguei por bem revisar cotejando com o original:
Desde o início da invasão em grande escala, pelo menos 49 mil pessoas fugiram do Exército Russo, de acordo com cálculos de jornalistas do portal Vazhnye istorii. A publicação cita vazamentos de vases de dados, mas observa que o número real de desertores pode ser consideravelmente maior. [...] Pra efeito de comparação, 49 mil pessoas é aproximadamente o tamanho de um corpo de exército [escalão hoje inexistente no Exército Brasileiro], que inclui várias divisões.
Essa estimativa do número de desertores coincide com dados da comunidade OSINT [Inteligência de Fontes Abertas] ucraniana Frontelligence Insight. Eles relataram 50,5 mil desertores em todo mês de dezembro de 2024. E o número de desertores está crescendo: a organização de direitos humanos “Idite lesom” (“Sigam pela floresta”), que ajuda os russos a evitar serem enviados para o front, relata que, no ano passado, recebeu 2,5 vezes mais pedidos de aconselhamento sobre esse assunto.
Combatentes russos reclamam, entre outras coisas, de ameaças feitas pelos comandantes, por exemplo, quando se recusam a cumprir uma ordem de atacar sem cobertura. Os combatentes são colocados em porões ou fossos e enterrados no chão. Uma nova mensagem de vídeo com uma reclamação contra o comandante apareceu no dia anterior no canal do Telegram “Ne zhdi khoroshikh novostei” (“Não espere boas notícias”). Deve-se ressaltar que, em condições de guerra, é impossível verificar prontamente a veracidade do que foi dito. [...]
No final de 2024, o projeto “Khochú zhit” (“Eu quero viver”) publicou listas com os nomes de quase 30 mil militares do Exército Russo que eram procurados por seus comandantes ou pela polícia militar como desertores e que deixaram suas unidades sem permissão. Mais de um quarto deles vem das províncias de Donetsk e Luhansk. No ano passado, foi registrado em tribunais militares russos um total de 10 308 processos criminais por recusa de serviço. É quase o dobro do total do ano anterior.
С начала полномасштабного вторжения из Российской армии сбежали по меньшей мере 49 000 человек, подсчитали журналисты “Важных историй”. Издание ссылается на утечки из баз данных, но при этом отмечает, что по факту количество дезертиров может быть значительно большим. [...] Для сравнения, 49 000 человек – это примерно как состав армейского корпуса, в который входит несколько дивизий.
Такая оценка количества дезертиров совпадает с данными украинского OSINT-сообщества Frontelligence Insight. Они сообщали о 50 500 сбежавших по состоянию на декабрь 2024. И количество дезертиров растёт: правозащитная организация “Идите лесом”, которая помогает россиянам избежать отправки на фронт, сообщает, что за последний год к ним стали в 2,5 раза чаще обращаться за консультациями на этот счёт.
Российские военные, в том числе, жалуются на угрозы со стороны командования, например, при отказе выполнять приказ идти в штурм без прикрытия. Военных сажают в подвалы, ямы, закапывают в землю. Очередное видеообращение с жалобой на командира появилось накануне в Телеграм-канале “Не жди хороших новостей”. Отмечу, что проверить достоверность, сказанного в условиях войны, оперативно невозможно. [...]
В конце 2024 года проект “Хочу жить” опубликовал поимённые списки почти 30 000 военнослужащих Российской армии, которых их командиры или военная полиция объявили в розыск как дезертиров и самовольно оставивших часть. Более четверти из них выходцы из Донецка и Луганской областей. Всего за прошедший год в российские военные суды поступили 10 308 уголовных дел об отказе от службы. Это почти вдвое больше, чем годом ранее.

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