terça-feira, 1 de julho de 2025

A Comintern e a questão colonial


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Em meio a meus backups nos quais estou fazendo uma limpeza esses dias, achei estes fichamentos de dois documentos importantes pra história da Internacional Comunista (Comintern, ou 3.ª Internacional), provavelmente destinados à redação de minha tese de doutorado. O primeiro é uma resolução sobre a chamada “questão nacional e colonial”, aprovada no 2.º Congresso da Comintern (o primeiro, de fato, em que a instituição funcionou), em 1920, e cujo inspirador foi Vladimir Lenin, alguém muito mal informado sobre as peculiaridades dos países concernidos, pra dizer o mínimo. Algo que pro Homer Simpson de hoje pode parecer estranho, houve tamanha falta de consenso que foram aprovadas “teses adicionais” sobre o mesmo tema, avançadas pelo comunista indiano Manabendra Nath Roy (mais tarde passado ao reformista Congresso Nacional Indiano), respeitado pelos russos e também ativo no movimento latino-americano.

Pra evitar choques maiores ou não passar a impressão de autoritarismo, a “emenda” diferia do “soneto”, basicamente, no tocante à descrença na união dos comunistas, ainda mal organizados em verdadeiros partidos, com os movimentos independentistas e anticoloniais das burguesias nativas. Pra Lenin, a dificuldade desses povos chegarem diretamente ao socialismo exigia fases “intermediárias” (raciocínio que, de certa forma, também seria aplicado ao Brasil), enquanto Roy, ao menos de início, representava uma corrente que advogava caminhos particulares a situações diferentes da russa ou da europeia em geral, sobretudo recusando ou suspeitando da colaboração com outras classes não proletárias. A reflexão sobre o papel do campesinato em revoluções mundo afora também gerou uma tal “questão agrária”, conforme o terceiro fichamento abaixo.

De início, já vemos que Lenin lançou o germe do pensamento que Stalin levaria às últimas consequências, ou seja, que a revolução proletária pra instalação do socialismo não poderia estar madura em países economicamente atrasados ou que simplesmente não tinham... proletariado industrial. No caso do ex-georgiano, essa teoria simplesmente foi instrumentalizada pra que Moscou pudesse controlar de perto os comunistas ao redor do globo e que eles não fizessem revoluções que contrariassem sua razão de Estado. O caso mais emblemático foi quando a Comintern ordenou que o PC chinês aderisse ao Guomindang (Partido Nacional Popular) nacionalista, mas seu líder Jiang Jieshi, futuro fundador de Taiwan, acabou o massacrando todo. Como era de se esperar, Stalin e seus enviados locais nunca reconheceram o erro de avaliação nem se arrependeram da atitude que, décadas depois, exacerbaria o ressentimento de Mao Zedong. Eram fins da década de 1920, quando a estrela de Roy já tinha se apagado e ele enfim seria expulso da Comintern (1929), na esteira das perseguições a Nikolai Bukharin e seus simpatizantes.

Esta não é uma tradução dos referidos documentos, e sim fichamentos que podem ajudar a esclarecer os interessados no assunto. Eu usei as atas em russo publicadas pouco depois do 2.º Congresso, a cujas páginas remeto em cada caso, e quem quiser se aprofundar, por favor recorra aos originais.


Resolução sobre as questões nacional e colonial (p. 490-496)

1) A “democracia burguesa” coloca a igualdade entre todas as pessoas “em geral” como um princípio abstrato, na verdade pondo exploradores e explorados no mesmo plano e combatendo a eliminação das classes. Para os comunistas, só haveria igualdade universal com a eliminação das classes.

2) Essa desigualdade também se reflete na oposição entre nações opressoras, poderosas, e nações oprimidas, dependentes, como as colônias europeias em geral, ampliando em escala mundial a servidão da esmagadora maioria da população a um punhado de capitalistas ricos.

3) A guerra mundial mostrou que as fronteiras nacionais são apenas “objeto de negócio”, ou seja, as grandes potências disputaram entre si o butim colonial numa disputa interimperialista, desmentindo assim o mito da igualdade entre as nações e seu direito à autodeterminação. Tal utopia só seria possível se a burguesia mundial fosse privada de seu poder.

4) Somente a aproximação dos operários do mundo todo pode tornar viável a “luta revolucionária” mundial e a “eliminação da opressão e desigualdade entre nações”.

5) A situação internacional põe na ordem do dia a ditadura do proletariado, pois a burguesia mundial está efetuando um cerco ofensivo à Rússia soviética. A resistência deveria se dar pelos “movimentos soviéticos dos trabalhadores de vanguarda de todos os países” e por “todos os movimentos de libertação nacional das colônias e nacionalidades oprimidas que pela amarga experiência convenceram-se de que eles não têm outra salvação fora da união com o proletariado revolucionário e da vitória do poder soviético sobre o imperialismo mundial” (p. 492).

6) Por isso, os movimentos de libertação nacional e colonial deveriam efetivamente, e não apenas em palavras, unir-se à Rússia soviética de uma forma a ser determinada pelo desenvolvimento do movimento comunista em cada país e daqueles próprios movimentos nos países atrasados.

7) A constituição federativa em escala mundial será uma “forma transitória rumo à plena unidade dos trabalhadores de diversos países”, tomando como exemplo a formação federativa da RSFS da Rússia e da Rússia soviética como um todo.

8) A função da Comintern no início e no decorrer do processo seria “instruir e corrigir” cada experiência federativa local.

9) Só a organização em sovietes pode levar à vitória dos povos coloniais e das nacionalidades oprimidas.

10) O internacionalismo proletário deve opor-se ao pacifismo socialista e ao nacionalismo pequeno-burguês, o qual é fonte (nas palavras de hoje) de racismo e xenofobia.

11) Alguns pontos importantes da luta operária nos países coloniais: combate ao feudalismo, ao clero reacionário, às missões cristãs ocidentais e a movimentos transnacionais como o “pan-arabismo” e o “pan-asiatismo” (capitaneado pelo Japão militarista); ajuda aos camponeses revolucionários; aliança temporária com as forças democráticas burguesas, sem qualquer fusão com elas, o que seria melhor do que os partidos esquerdistas dizendo-se comunistas, mas não o sendo na essência; desmascaramento, perante o operariado, dos movimentos das elites locais que, muitas vezes apoiados pelas potências, capitaneiam projetos de independência com base na opressão classista ou sem qualquer possibilidade de independência econômica e produtiva (é citado notavelmente o sionismo na Palestina, que em 1948 culminaria no Estado de Israel).

12) A degeneração nacionalista da social-democracia com a eclosão da guerra mundial demonstrou que somente a erradicação do imperialismo e do capitalismo podem pôr fim aos preconceitos nacionais e raciais. Por isso é tão importante a união entre os operários do mundo todo para superar os sentimentos nacionalistas, embora se reconheça o longo caminho até sua completa extinção.


Teses adicionais sobre as questões nacional e colonial (p. 496-499)

1) A centralização do capitalismo mundial e o envio de tropas coloniais para lutarem no front europeu da guerra mundial demonstra como os trabalhadores das metrópoles e das colônias devem ser solidários entre si.

2) Sem as colônias, sobretudo no caso britânico, as potências europeias não seriam nada, pois assim tiveram acesso direto às matérias-primas e ampliaram o mercado para escoar seu excedente produtivo. Essa bonança proporcionou à burguesia manter submisso o proletariado da colônia.

3) O superlucro obtido nas colônias proporcionou também o financiamento da chamada “aristocracia operária”, menos propensa, assim, a criticar o colonialismo.

4) O papel da Comintern é atuar para unir e ampliar as duas forças necessárias à derrubada do capitalismo na Europa: a revolução proletária e a aniquilação do colonialismo.

5) A 2.ª Internacional não pôde entender o papel do movimento colonial porque não conseguia enxergar o mundo fora da Europa, tornando-se assim ela mesma imperialista.

6) O domínio colonial exigia impedir que as colônias se desenvolvessem industrialmente e negar a educação à sua população. Porém, a independência econômica não passa pelo apoio às burguesias locais, e sim pela abertura do caminho ao proletariado.

7) Nas colônias, estariam distanciando-se cada vez mais o movimento nacional democrático-burguês, que deseja a independência dentro do capitalismo, e as massas operárias e camponesas pobres, que o primeiro tenta subjugar. É com essas que a Comintern deve atuar, e mesmo não recusando de início colaborar com a burguesia radical, o objetivo primeiro deve ser a formação de um Partido Comunista com aquelas massas. O comunismo nas colônias não deve ser alcançado por um desenvolvimento capitalista prévio, e sim “sob a liderança do proletariado conscientizado dos países capitalistas avançados”.

8) A Comintern deve reforçar seus vínculos com os movimentos radicais e proletários nas colônias, e destes com os comunistas locais.

9) As primeiras etapas da revolução nas colônias não seriam comunistas, mas o objetivo poderia ficar mais próximo se desde o começo os comunistas liderassem o movimento. Nem toda abordagem deveria ser imediatamente comunista, como a questão agrária, em que ainda valeriam alguns pontos pequeno-burgueses. Mas isso não significa que a liderança deva ser dada à burguesia ou à pequena burguesia.


Resolução sobre a questão agrária (p. 522-531)

1) Somente liderados pelo proletariado fabril urbano os camponeses podem alcançar sua libertação, mas ao mesmo tempo os operários não podem fechar-se em sua própria classe nem dispensar o apoio do campesinato, já que a luta de classes também ocorre no meio rural.

2) Entre as diversas camadas de camponeses enumeradas, a que merece a maior atenção dos Partido Comunistas é a de proletários agrícolas e trabalhadores sazonais (naiomnye).

3) O semiproletariado rural e os pequenos camponeses devem ser afastados da influência dos médios e grandes camponeses e da burguesia, mas a ação definitiva no campo (como a criação de sovietes) só deve deslanchar quando o proletariado industrial já tiver tomado o poder.

4) Ao menos em tese, a ação sobre os camponeses médios não deve ser violenta, mas, pelo menos no início da revolução, deve-se “neutralizá-los”, ou seja, impedir que suas possíveis oscilações políticas pendam para o lado dos grandes camponeses e da burguesia, de forma que possam não os apoiar ou ajudar.

5) Espera-se que os grandes camponeses sejam combatidos na hora em que expressarem resistência à tomada do poder e ao derrubamento da burguesia pelos operários fabris, mas ainda assim o confisco das terras não deve ser imediato, devido à ausência de condições materiais, técnicas e sociais.

6) Quanto aos grandes latifundiários e proprietários de terra (diferentes de “grandes camponeses”), o confisco deve ser imediato.

7) O socialismo só triunfará sobre o capitalismo quando toda a indústria tiver sido reorganizada com base na produção coletiva, na eletrificação geral e na modernização técnica. Só então o campo poderá sofrer uma transformação total.

8) Os comunistas também devem cuidar da organização de greves e de cooperativas no campo.



domingo, 29 de junho de 2025

Cartazes soviéticos traduzidos


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Uma das manifestações artísticas mais admiradas pelos simpatizantes do bolchevismo ou simples interessados em sua história (ideologia e regimes) são os cartazes de propaganda estatal ou mobilização política. Além disso, as frases costumam ser curtas e têm um vocabulário padronizado, tornando sua tradução, portanto, muito mais fácil e rápida. Há muitos anos, quando ainda tinha o canal Pan-Eslavo Brasil, pensei em fazer um megavídeo com uma sucessão de cartazes traduzidos, enquanto marchas militares soviéticas tocavam ao fundo, mas o projeto não foi pra frente, embora já tivesse reunido parte do material. Quanto a ajudar outros historiadores brasileiros – muitos deles com simpatias comunistas – com traduções de documentos e outros materiais a partir do russo, a história também tem sido conturbada, e muita coisa ficou pelo caminho.

Especificamente sobre os cartazes, três iniciativas se destacam. A primeira conduzi há alguns anos pelo Facebook com um comunista paranaense, que gerenciava uma página chamada “Ilustrações da Era Comunista”, hoje desativada. Deve ter sido em inícios desta década, e na época eu usava um perfil não muito ativo que mantive de dezembro de 2018 a inícios de 2022, quando o apaguei em definitivo. Ele inclusive fez um grupo privado pra que fôssemos reunindo cartazes de todo o antigo Leste Europeu, dividindo-os de acordo com o país e deixando as traduções em comentários às imagens. Os devidos créditos eram sempre concedidos, e a página ajudou a projetar um pouco meu nome.

Deixei várias traduções prontas no grupo, mas meu amigo virtual parecia lidar com problemas de depressão e sequer programava conteúdos que podiam ser rapidamente publicados. Eu mesmo não quis tomar a responsabilidade pela página, e mesmo um outro administrador indicado sequer continuava o serviço. Quando apaguei esse meu perfil, todo o conteúdo produzido por mim no Facebook sumiu, isto é, também as traduções que eu já tinha deixado no grupo privado. Nunca mais falei com esse conhecido e não sei o que ele pensou ao perceber o sumiço, mas minha paciência pra produzir material a ser divulgado por comunistas estava cada vez mais se esgotando, dada minha crescente antipatia a Lenin e a Stalin. Invasão da Ucrânia e “marxistas” de todos os países defendendo o genocídio putinista, né? Tempos depois, verifiquei que “Ilustrações da Era Comunista”, curtida até pela pesquisadora Sabrina “Tese Onze” Fernandes, continuou se atualizando com materiais nem sempre traduzidos, até que um belo dia a página desapareceu de vez.

A segunda iniciativa data do primeiro semestre de 2024, seguindo as datas que você pode ver abaixo, quando eu já tinha defendido minha tese de doutorado. Por mero acaso, achei no Instagram o perfil de um artista plástico baiano que estava fazendo doutorado na UnB sobre a estética dos cartazes soviéticos, mas não sabia russo e recorria às traduções de um amigo que nem sempre estava disponível. Ele tinha um perfil pessoal, mas aquele integrava a pesquisa e era pra “guardar” os cartazes e depois adicionar a tradução. Várias vezes nos últimos anos usei perfis anônimos nessa rede, com diversos nomes e temáticas, visando divulgar algum tipo de conteúdo educativo ou cultural, mas minha paciência terminava logo e eu acabava apagando, pra me dedicar exclusivamente a esta página, ao estudo de idiomas e à preparação pra concursos.

O idiota aqui, que às vezes se dá a arroubos de generosidade e trabalho impulsivo, achou esse Insta por acaso e começou a traduzir os cartazes nos comentários. Finalmente, acabamos entrando em contato pessoal e ficou combinado que eu faria as traduções nos comentários pra ele ir usando ou colocando na descrição depois. Em etapa posterior, conversamos por WhatsApp e mandei mais uma leva de cartazes soviéticos (mas não de outros países) traduzidos, pelo que ele me agradeceu, mas jamais publicou os resultados. Aparentemente, o perfil ficou parado e algumas traduções feitas por outra pessoa (o amigo dele?) foram aparecendo, mas não as minhas. O fato de, pra variar, eu ter apagado o perfil que aparece abaixo, portanto, também os comentários, não justifica, pois eu já tinha feito backup de todo o conteúdo e lhe entregado.

Enfim, o contato foi amainando e, no fim, se encerrou naturalmente, como no caso do paranaense. Não me agradava ele ficar o tempo todo (mas com razão) xingando Netanyahu em privado após o Sete de Outubro, mas jamais ter feito qualquer crítica à agressão russa e, ao que parece, estar completamente desinformado sobre este tema. Alguma surpresa pra quem dizia “estar se tornando comunista”, isto é, comprando um tablet e tentando instalar o Windows 95 nele?...

A iniciativa final no início deste 2025, cujo encerramento me fez jurar pra mim mesmo que jamais voltaria a empreender algo semelhante, foi outra efêmera conta que mantive no Instagram, bem como páginas gêmeas no Facebook e no Équis (ambas seguidas por zero pessoas), chamadas “Cartazes comunistas”: nome original, não? Queria fazer a experiência de simplesmente traduzir e deixar o material disponível pra consulta pública, revezando diariamente entre os idiomas de diversos países socialistas da Europa e, em menor grau, até mesmo China e Coreia do Norte, se eu já achasse as traduções prontas. Deixei programada boa parte do conteúdo, dispensando a entrada diária nas redes sociais, e até que estava fazendo algum sucesso no Insta, após eu curtir vários perfis esquerdistas pra atrair inscritos, com os cartazes bastante curtidos e compartilhados.

Porém, você já me conhece. Primeiro, embora a atividade até fosse agradável, o excesso de esmero tomava um tempo que eu já estava querendo e precisando dedicar a outras atividades, além do que, ao entrar nas redes sociais, inevitavelmente passamos um tempo navegando pra ver outras coisas. Segundo, a evolução dos acontecimentos geopolíticos, sobretudo a completa falta de empatia por esses “libertários” ao sofrimento que se tornava cada vez mais pungente na Ucrânia – e a total desproporção com a irritação que Gaza lhes causava, embora eu não negue a criminalidade do Bibi do Hamas – mais uma vez tirou minha vontade de lidar com propaganda comunista. Podia ter simplesmente “abandonado” os conteúdos pra usufruto de usuários futuros, mas foi esse despeito que me fez justamente mandar tudo pro saco.

E terceiro, o conteúdo mais recente com que eu tomava contato em perfis de “esquerda” se tornava cada vez mais tóxico, odioso, superficial, intolerante e pouco criativo, tornando irrespirável a simples entrada nas redes. Quando vi Silvio Almeida partilhando nos stories trechos traduzidos de discursos de Ibrahim Traoré, assassino do próprio povo a soldo de Moscou que posa de “anticolonialista”, percebi que era hora de encerrar minha carreira de perfis pessoais (anônimos ou não) no conglomerado do Tio Zuck.

Feita essa digressão existencial-filosófica, outro dia tive uma grande surpresa ao fazer uma limpa geral num grande backup de vídeos que estavam destinados à legendagem no Pan-Eslavo Brasil ou à simples tradução após sua extinção. Não sabia que ainda tinha guardados os prints, que eu tinha feito pro baiano, de todas as traduções após o apagamento do referido “Gramática eslava” (no qual pretendia colocar materiais leves sobre diversos aspectos das línguas eslavas). O próprio endereço que ele oferece também não existe mais, mas se não me engano também o tinha curtido quando fiz os “Cartazes comunistas”: ou ele mudou o nome de usuário, ou o deixou privado, ou simplesmente o apagou...

Como era um material que, devido à trabalheira que deu pra fazer (o de minha última conta, infelizmente, foi pra sempre pro beleléu!), não valia a pena ser jogado fora, estou o republicando aqui, com mínimas alterações, sem mesmo mexer nos comentários feitos. Finalmente, ele vai ser a justiça que vou fazer com o fato de jamais ter deixado publicada qualquer coisa relativa a cartazes de países socialistas, nem mesmo aqui, em que várias vezes pretendi lançar algo do tipo. Não custa lembrar que são cartazes apenas da URSS, portanto, todos traduzidos do russo. Devido ao layout escroto do Instagram, meu conhecido deixou várias imagens cortadas, mas usando o Google Lens, você pode facilmente encontrar as obras inteiras:











































































sexta-feira, 27 de junho de 2025

Bibi do Hamas: as 4 melhores frases


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Não me julguem, isso foi o melhor que obtive com a ferramenta de IA do WhatsApp, rs. Estas são as melhores frases ditas por Binyamin Netanyahu, absolutamente tiradas de contexto, e talvez as únicas coisas boas que ele já tenha dito na vida! Seguem as frases com transcrição e, se necessário, tradução:


4. Zan, zendegi, āzādi (Vida, mulher, liberdade)


3. Ramaḍān karīm, kul ʿām wintum bkhēr (Feliz Ramadã e boas festas)


2. Free Palestine


1. Death to America

Trump não deixou por menos:


E pra terminar, uma trolada básica que dei na TV israelense em russo (Canal 9) na transmissão ao vivo de 22 de junho! No canto inferior direito, apareciam os nomes dos canais (perfis) que acabavam de se inscrever no canal da TV 9 naquele momento. Experimentei e aconteceu a mágica: usando minha conta anônima, divulguei a mensagem de que Black Friday é no Mappin, rs.




quarta-feira, 25 de junho de 2025

Encontrado compromisso no Irã


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Após mais de uma semana de guerra de alta intensidade com Israel, finalmente parece ter sido encontrada uma solução de compromisso pra crise política no Irã! A monarquia dos antigos xás não vai voltar, mas Reza Pahlavi, o príncipe herdeiro exilado, aceitou não abolir a república islâmica... e se tornar o novo aiatolá!

Inclusive, achei a segunda montagem num portal de fóruns chamado Iroon.com (“Irun” é uma pronúncia iraniana popular e coloquial de Irān), grandemente humorístico. Recomendo uma visita se quiser encontrar vários ótimos cartuns geopolíticos, criticando tanto Khāmenei quanto Netanyahu, bem como Trump, e muito mais inteligentes do que os rabiscos do jihadista Latuff!

Até que foi uma sábia decisão. O vendedor de tecidos paulistano mais uma vez escapou de ser alvo de imagens constrangedoras; afinal, como dizia seu pai, “Pahlavi rima com...”


Aproveitando o gancho, recomendo esta ótima reportagem do Jornal Nacional de 20 de junho de 2025, apresentada por Ilze Scamparini, descrevendo uma breve biografia do aiatolá “Ale Camenei” e sua trajetória até suceder “Rurrolá Comeíne”, rs. Hackeei especialmente pra você:




É “posição do vampiro” que chama isso? Rs:


O Kim Kataguiri iraniano, sem auxílio parlamentar, abastecendo o carro no meio do racionamento. A única coisa que ele não racionou foi o laquê:


Recebi esta montagem e só tô repassando. A julgarmos pela foto pertencente a um portal pró-teocracia (se for mesmo ela, e talvez não seja recente), a repórter-bomba Sahar Emami, nascida em 1985, se não fosse essa necessidade de parecer uma velha caduca se vestindo que nem um urubu e falando que nem uma vizinha histérica, até que seria linda... Se pra você pareci machista, então, sim, assumo, phodasse, porque não passo pano pra ditadura, e Jin, Jîyan, Azadî:




Dois países fortemente armados entram em guerra. Ele inventa que obteve um cessar-fogo entre os dois, nenhum dos quais sequer está sabendo da iniciativa, e ele os culpa por terem rompido o cessar-fogo que só existia em sua própria cabeça. Não perca, em breve nos cinemas, O Pacificador: