quarta-feira, 7 de maio de 2025

Redações do ensino médio (2005)


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Prosseguindo com os textos de meu ensino médio (2003-2005) que ainda julgo serem interessantes, trago hoje duas redações da aula sobre essa atividade do vestibular: “A graça da vida”, datada de 14 de outubro de 2005, e “Entre o aprender e o decorar”, datada de 28 de setembro de 2005. Naquele ano, meu professor não era o Silvano, mas Graça Moraes Hosokawa, grande pesquisadora da língua portuguesa com quem tive a honra de conviver, infelizmente, apenas na última “série”. Inclusive, o primeiro título é um “gracejo” com o prenome dela, rs.

Sem querer desmerecer o Silvano, a abordagem da Graça era muito mais profissional, a começar pelo fato de nos ter trazido as questões de vestibular mostradas abaixo, que serviram de “chamada” pra gente escrever. Veja também que as correções foram bem mais sutis e que, se a segunda entre as duas notas indicadas em cada papel era a pontuação máxima, eu nunca atingia o topo – apesar, claro, dos belos elogios escritos no rodapé de cada um! Além disso, tive vários professores “top” nesse último ano, e lamento não só o atraso com que chegaram, mas também eu não ter extraído da experiência deles mais do que poderia.

Hoje já trouxe logo duas, pois sendo cada redação pequena demais, não ia ter “Graça” lançar o conteúdo “a conta-gotas”. Não alterei as palavras, mas apenas atualizei a ortografia e troquei algumas expressões que, de fato, seriam erradas numa correção de nível avançado (como “através de”, um indicador espacial, quando o correto seria “por meio de”). Também acabei fazendo trocas onde a própria Graça marcou com caneta vermelha, assim “atrasando” em 20 anos o polimento dos textos, rs.




Comprovou-se cientificamente que o bom humor faz bem ao coração, mas a ciência é desnecessária para mostrar que ele é benéfico na vida das pessoas, o que é feito pela vivência cotidiana, a maior escola de todas.

O humor é um cartão de visita pessoal, ajudando ou atrapalhando nas primeiras impressões. Pessoas de temperamento aberto, que não apresentam aparência carrancuda ou extremamente séria, ganham mais simpatia e confiança. Se ao longo de uma convivência passam o tipo de humor que faz rir e descontrair, elas reforçam com os outros os mais diversos tipos de laços e aumentam seu círculo de relacionamentos, obtendo, assim, numerosas vantagens materiais e sociais.

O prazer gerado pelo riso causa uma sensação de bem-estar que melhora a autoestima das pessoas e lhes dá mais ânimo e forças para encarar as mais diversas situações, inclusive as mais difíceis, porém sem apagar o respeito que uma certa ocasião exige, em especial uma tragédia. No que resta, ironizar pode ser a saída para que se fique menos chocado com fatos corriqueiros, como a corrupção. É essa ironia que caracteriza o bom humor do brasileiro, que sempre satiriza diversos empecilhos ao desenvolvimento do país.

“Estar de bem com a vida” exige uma boa dose de descontração a fim de melhorar a saúde, a vida social, a imagem perante as pessoas e a força diante dos problemas.




É comum o uso de procedimentos associativos para a recordação de fórmulas ou outros conceitos, em especial no meio escolar, no qual são também chamados “macetes”. Esse é um método interessante, mas nem sempre preferível se o desejo é o aprendizado permanente.

Em provas e em outras ocasiões, alunos precisam lembrar-se de ferramentas necessárias à execução das tarefas de modo rápido e fácil, daí a utilidade de recursos mnemônicos, que aliás sempre estiveram presentes na história das civilizações mais antigas. Elas usavam formas e cores para a alusão de ideias de acordo com suas técnicas e seu conhecimento de mundo, deixando uma ferramenta adaptada aos dias de hoje, quando as informações precisam ser processadas em grande quantidade e da forma mais veloz possível.

Porém, o uso inconsciente de conceitos lembrados por meio de “macetes”, além do desconhecimento sobre seu sentido ou origem, não pode ser considerado aprendizado. Ele se afirma quando a pessoa, por meio do uso constante do conhecimento adquirido, fixa sua estrutura em suas lembranças [sua memória?]. No caso de alunos, o meio mais eficaz para que isso aconteça é a prática de exercícios sobre determinada matéria, transformando o conceito em um elemento provido de sentido.

Usar o caminho da memorização forçada ou da fixação pelo uso depende do que melhor for adequado a uma pessoa ou do contexto no qual ela está inserida, como o sistema de ensino, por exemplo.


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