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Eu fiz parte da primeira turma da escola, progredindo de série em série até integrarmos a primeira formatura de “terceirão” (2005). Recuando algumas turmas antes da minha, os garotos eram muito talentosos, e vários tocavam instrumentos musicais. Alguns deles, hoje renomados profissionais formados ou até pós-graduados, tinham criado uma banda chamada “Opu_c”, ainda um sucesso na região. Em 2005, não me lembro se pra um evento da escola ou algo parecido, tínhamos combinado meio vagamente de eu fazer a letra de uma canção com tema ecológico, e eles musicarem e tocarem em público (da minha classe, só eu participava). De alguma forma, o poema chegou até eles, mas por razão que desconheço, ele foi negligenciado. Se não me engano, a iniciativa até foi realizada, mas sem minha participação.
O poema “A natureza pede socorro” constituiu, desde então, uma música sem melodia, por assim dizer. O papel com o texto estava guardado havia uns anos, até que em março de 2010, provavelmente por volta do começo das aulas na Unicamp, resolvi publicá-lo em meu antigo blog “Pensadores Libertos”. Eu cursava meu quinto ano da graduação, e as informações que tenho até agora em meu backup são ainda mais reveladoras: eu tinha acabado de voltar pra casa, de uma aula de russo, e elogiava os “velhos amigos e colegas” da Unicamp... Eu estaria então “inspirado para postar coisas antigas”, e então digitei a referida música pela primeira vez, na esperança que alguém se interessasse em compor uma melodia. Infelizmente, alguns meses depois apaguei meu blog, desinteressado em postar coisas novas e em continuar com a mesma proposta crítico-política.
Eu mesmo, exibindo a criação, pedi que relevassem ou porventura corrigissem o “tique parnasiano” típico das minhas poesias, mas hoje penso que o problema pode ser outro: a incerteza da adaptação da letra a qualquer melodia. Pensando que um músico pudesse acertar a situação, não segui métricas rigorosas, embora tentasse equilibrar as sílabas poéticas, mas como apenas no meu pensamento fiz uma “sugestão de melodia”, o texto segue como hipótese não testada. Agora, ao menos, vocês podem lê-lo como um dos muitos frutos de minha educação ecológica!
Aquela árvore que você está vendo Na sombra da qual você descansa Está morrendo aos poucos nas mãos dos homens Vítima de uma matança. Ela lhe dá madeira para os seus móveis Queimadas e cortes ilegais Belezas já não se encontram mais, Refrão: É hora da conscientização Quando o útlimo rio apodrecer (Refrão) |