terça-feira, 21 de novembro de 2023

Milei vai tirar a Argentina dos BRICS


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Nova tradução exclusiva de um artigo do site da Rádio França Internacional (RFI), que também tem versões em português europeu e brasileiro, mas não sei se deste texto. No original francês, ele se chama Après la victoire de Javier Milei à l’élection présidentielle, l’Argentine ne rejoindra plus les Brics (Após a vitória de Javier Milei na eleição presidencial, a Argentina não vai mais se juntar aos BRICS), publicada hoje e de autoria de Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim. A foto de Milei também foi incorporada diretamente do site, e como a tradução e as notas entre colchetes são minhas, sou o único responsável por eventuais falhas:



Atualizações maldosas, rs (Mondino é cotada pra ministra do Exterior):




Buenos Aires não vai dar continuidade a sua adesão aos BRICS, segundo informou a nova equipe no poder na Argentina [na verdade, a posse é só em 10 de dezembro]. Uma adesão prevista pra janeiro de 2024 e encorajada pela China. O que a vitória do anarcocapitalista argentino Javier Milei vai mudar pra Pequim?

Com a mudança de equipe na Argentina, as autoridades chinesas passaram do embaixador argentino retomando um canto da propaganda maoista, diante do presidente chinês, ao som da motosserra, a arma favorita de Javier Milei durante a campanha presidencial, que aqui [em Pequim] também se encontra nas hashtags.

“Acordos secretos” – Pequim colocava a administração anterior em Buenos Aires entre os amigos da China, mas com a nova, será mais complicado. O presidente de extrema-direita prometeu examinar os “acordos secretos” firmados com um país que ele qualificou de “assassino”. Ele também denunciou o projeto da adesão aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) apoiada por Pequim. Isso não impediu as autoridades chinesas de parabenizarem Javier Milei por sua vitória. Os analistas apostam no pragmatismo bem assimilado pela nova equipe no poder em Buenos Aires pra estabilizar a relação com Pequim, bem como na dependência financeira da Argentina de seu segundo parceiro comercial depois do Brasil.

Nove contratos de empréstimos A Argentina, que se juntou à Belt and Road Initiative – as “novas rotas da seda” chinesas – após os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim no ano passado, concluiu nove contratos de empréstimos de mais de 8 bilhões de dólares com a China pros próximos 15 anos. Ora, a economia argentina, em queda livre, precisa urgentemente de divisas. Portanto, os laços com a China não deveriam mudar, mesmo se o presidente eleito prometeu dolarizar a Argentina, outra ruptura com seu antecessor. Em abril passado, o ministro da Economia Sergio Massa tinha anunciado o abandono do dólar nas transações com a China, seguindo os passos do vizinho brasileiro.



Achou que a cobrinha ancap tinha sumido? Errou!!!