Neste começo de semana em que o Brasil parece estar cozinhando no forno da Via Láctea, um vídeo circulou nas redes sociais, sobretudo no X, em que o próprio PCO (dispensa apresentações) publicou vídeos de sua “manifestação” em apoio a nada menos do que o grupo terrorista Hamas, que eles chamam pela tradução de seu nome em árabe, “movimento de resistência islâmica” (embora na verdade a única coisa a que eles “resistam” é parar de fazer o povo de Gaza de refém!). Se alguém tinha dúvidas de que a Seita da Família Pimenta (como até um militante trotskista já a chamou) ultrapassaria os limites do bizarro, depois de passar pano pros Talibã em 2021 e defender a invasão russa da Ucrânia em 2022, é melhor “Jair” se conformando... O vídeo em si já é patético, num Sol de rachar, com um pingo de gente que milita por um partido “operário”, mas não é operária, e podia estar aproveitando o lindo domingo, 12, em alguma atividade lúdica ou produtiva melhor. Mas este rapaz barbudo e supernutrido, que tem toda energia do mundo pra militar pelo comunismo num país capitalista (não posso usar outra palavra pra não ser acusado de uma “fobia”, rs), é a tradução perfeita do cringe: usa uma bandeira da Arábia Saudita com o nome do Hamas, ambos entidades que perseguem todos aqueles a quem dizem defender. Será que essa batucada sairia inteira em Teerã, Khan Yunis ou Cabul???
O vídeo no X do PCO (tem outro que não baixei) é um dos poucos registros disponíveis, e realmente não há informações escritas por aí. A única crítica séria que vi foi da Confederação Israelita do Brasil, publicada pela Folha, mas rola em sites bolsominions uma descrição bem esquisita, um texto idêntico reproduzido, ao que consta, a partir do restolho fascista Oeste. Pra vários deles não gosto de conceder cliques, mas quem estiver curioso, um exemplo está aqui. A manipulação começa pelo fato de um tal grupo de bateria Zumbi dos Palmares estar entoando “cantos antissemitas”: na verdade, eles dizem “Estado de Israel, Estado assassino”, o que é uma escrotice, mas não antissemitismo em si. Outros observadores zoaram dizendo que só tinha um negro no grupo “Zumbi dos Palmares”, mas isso fica pro folclore mesmo, porque desconheço os envolvidos.
Uma outra opção pra você não se sentir um idiota em qualquer ocasião é ver este flagra que dei ontem de manhã e saber que há pessoas que se inscrevem em certos canais de notícias só pra fazer comentários inúteis como este. Pronto, fui!