Eis a segunda versão da bela e popular canção russa “Прощание славянки” (Proschanie slavianki), A despedida da eslava ou O adeus da mulher eslava. O áudio saiu do famoso site SovMusic.ru, infindo acervo de músicas, discursos e cartazes da era soviética, e se refere a uma versão composta em 1984 por Vladimir Iakovlevich Lazarev, poeta, prosador, jornalista e historiador ainda vivo.
Relembro algumas informações da canção, expostas por completo na primeira postagem. Ela se refere à Primeira Guerra Balcânica (1912-13) do Império Otomano contra Bulgária, Grécia, Montenegro e Sérvia, a favor dos quais lutaram voluntários russos animados por marcha de autoria de Vasili Ivanovich Agapkin (1884-1964), que pensava num combate da cristandade ortodoxa às agressões islâmicas. As várias letras que a melodia recebeu se tornaram patrimônio russo e soviético, e jamais foram censuradas pelos comunistas.
A autoria de Lazarev para a letra menciona-se na Wikipédia em russo, que a atribui à ocasião da inauguração da placa memorial no prédio do colégio musical de Tambov (atual TGMPI), onde Agapkin se formou em 1913. Porém, a mesma letra tem alguns versos diferentes conforme a fonte, e por isso, além do vídeo legendado, vou indicar no rodapé, junto com as letras em russo e português, os versos não cantados no áudio:
Наступает минута прощания, (*) И ловлю я родное дыхание, Дрогнул воздух туманный и синий, И тревога коснулась висков, И зовёт нас на подвиг Россия, Веет ветром от шага полков. Прощай, отчий край, Летят, летят года, Лес да степь, да в степи полустанки. (*) Не забудь же прощанье Славянки,/Сокровенно в душе повтори! Нет, не будет душа безучастна — Справедливости светят огни... За любовь, за славянское братство (*) Отдавали мы жизни свои. (*) За любовь, за великое братство Прощай, отчий край, Ты нас вспоминай, Прощай, милый взгляд, Не все из нас придут назад. Летят, летят года, ____________________ Em nosso minuto de adeus Você me olha aflita nos olhos E depois vai me dizer tchau, (*) Com o perigo já soprando ao longe. (*) E eu recebo um alento carinhoso, O céu nebuloso e azul tremeu, O perigo tocou nas têmporas E a Rússia nos exige façanhas Chegando o passo dos regimentos. Adeus, torrão paterno, Voam, voam os anos, Mata e estepe, apeadeiros na estepe. (*) Nunca esqueça o adeus da Eslava,/Reitere no fundo de sua alma! Não, a alma não será indiferente: Os fogos da justiça brilham... Pelo amor e a irmandade eslava (*) Entregamos nossas vidas. (*) Pelo amor e a grande irmandade Adeus, torrão paterno, Sempre pense em nós, Adeus, olhar encantador, Nem todos entre nós voltaremos. Voam, voam os anos, |