quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Idiomas da antiga Iugoslávia socialista


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Mapa da antiga Iugoslávia socialista (“SFRJ”) com a indicação geográfica dos idiomas falados. Todos eles pertencem ao chamado ramo meridional, que inclui também o búlgaro, do grupo eslavo das línguas indo-europeias. Não estão indicadas outras línguas minoritárias, como o húngaro, o ruteno, o romani, o albanês, o romeno e o arromeno.

No extremo norte, o esloveno, e no extremo sul, o macedônio. As partes coloridas indicam os muitos dialetos do que era então chamado “servo-croata” (hoje sérvio, croata e bósnio; segundo alguns, também “montenegrino”): o “shtokaviano” (štokavski, que baseou as línguas literárias), o “kajkaviano” (kajkavski) e o “chakaviano” (čakavski). Cada um é nomeado segundo a forma como se diz a palavra “quê?”: što, kaj ou ča.

Predominante, o dialeto “shtokaviano” se dividia entre os falares (narečja) “ekaviano” (ekavsko, base do atual sérvio literário), “jekaviano” (jekavsko, base do atual croata literário) e “ikaviano” (ikavsko, comum na Dalmácia, onde pode ser observado em muitas canções populares regionais).

A belíssima imagem foi retirada da primeira contracapa do livro Serbo-Croatian Reading Passages (1968), da professora Slavna Babić, que também lecionava inglês e escrevia livros ensinando essa língua. Seus manuais são todos escritos no alfabeto latino, pois o uso do cirílico é associado à exclusiva identidade cultural ortodoxa sérvia, e sob o socialismo o latino também era visto como uma escrita mais internacional. Hoje mesmo, também é amplamente usado na Sérvia, sobretudo na televisão e na internet; na Croácia, o alfabeto latino é o único usado, e na Bósnia ambos são usados.