domingo, 18 de dezembro de 2022

Memes deixados pela copa do Catar


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Como eu já disse várias vezes aqui na página, qualquer que seja a situação em que o brasileiro se encontre em determinados eventos, seu talento principal é o de fazer memes. Como publicação extra deste domingo, em que temos a final menos desejada no Brasil – entre França e Argentina –, reuni aqui alguns vídeos e imagens cômicos que circularam nas redes nas últimas semanas, mesmo que o brasileiro hoje nem esteja querendo mais ouvir falar em Catar e que apenas finja estar torcendo pra nossa carrasca ou nosso arquirrival, só pra parecer cool pros amigos, rs.


O ex-astro do Corinthians conhecido no meio jornalístico como “Craque Neto” teve uma reação viral na TV Bandeirantes logo após a derrota do Brasil pra Croácia. Nota-se que após muitos anos de surtos televisionados intensos comentários esportivos, seu palato deve estar bem gasto pra lhe conceder essa voz de velha desdentada...


Enquanto o atacante Richarlison, conhecido pelo estranho apelido de “Pombo”, estava na crista da onda, toda a equipe da CBF, até o Tite, comemorava os gols fazendo a “dança do pombo”. Esta original montagem mostra o atacante croata Luka Modrić alimentando os pombos da dança...


Esses eram os assuntos em alta no Twitter logo após a eliminação vergonhosa o fim da última partida do Brasil, e podemos imaginar o tom de todos esses tuítes que surgiriam então. Detalhe pra uma das fotos com as famosas “dancinhas” de comemoração dos gols brasileiros, que não sabemos bem por que foram tão criticadas pelos estrangeiros.





“Me lembro remotamente”, pra usar uma expressão da minha mãe, que na primeira eliminação do Brasil com Tite na Rússia de 2018, este meme também circulou pelas redes, e se bobear, sequer o design gráfico foi modificado, dada a tosqueira das legendas inseridas:


A Folha de S. Paulo “noticiando” algo tão óbvio como o pôr-do-sol:


“Putaquilamerda”, como diria uma ex-colega de hidroginástica da minha avó, rs. Vai ser idiota assim na casa do chapéu:


Após a eliminação da copa, esta imagem deveria reanimar qualquer brasileiro com o mínimo de cérebro, mas a mim, pelo menos, que não estava “Ney” aí pros jogos, me deixou exultante:


Sem a CBF na disputa, quando o Marrocos estava com chances de chegar à final, a juventude com síndrome de esquerda radical chic começou a exultar o país africano como “impulso pra unidade árabe” e “estímulo pros colonizados superarem os colonizadores”. Justo uma monarquia reacionária afagada por EUA e Israel, embora de fato a seleção tenha conquistado o feito inédito de ter avançado no torneio mais do que qualquer outro país árabe ou africano. Enquanto eu editava este texto, a Croácia já tinha garantido o terceiro lugar, e o Marrocos apenas o quarto

Seguem algumas das peças que circularam nas redes sociais, como este trecho da antológica novela O Clone, dizendo que eram marroquinos celebrando a vitória (mas a Giovanna Antonelli de Jade estava mesmo uma gatinha aí!), esta pescaria cômica que mostra como o Marrocos conquistaria a taça e minha explicação sobre os conflitos histórico-políticos regionais, seguida de vários tuítes e respostas sobre o assunto. No mapa principal, vemos escrito em árabe o nome do país, “Al-Maghrib”, de onde veio nossa palavra “Magreb(e)” pra região, mas também unidos de forma imprudente o Marrocos com o desertão inútil território do Saara Ocidental, cuja reivindicação de independência é apoiada por países e movimentos “de esquerda”, mas foi rejeitada pelo governo estadunidense de Donald Trump:








Teve até espanhóis ou falantes de espanhol que parecem ter detectado os assuntos em alta e entrado na briga. Um deles usa até as três cores da bandeira da Espanha republicana em sua foto de perfil:






Neste tuíte, podemos ver até uma referência a Pepino, o Breve (Pépin, le Bref), um dos reis carolíngios dos francos e pai de Carlos Magno, que viria a ser o fundador do “Sacro Império Romano”, embora eu não saiba se Pepino tenha chegado a lutar diretamente contra muçulmanos. Quando eu tive aula com Leandro Karnal no segundo ano da faculdade de História, certa vez ele disse que achava “Pepino, o Breve” o nome histórico mais engraçado que já tinha visto, hehehe.