sábado, 1 de junho de 2024

Como se elege o presidente dos EUA


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Na mídia brasileira, todo ano em que há eleições presidenciais nos EUA é feita uma explicação do estrambótico, arcaico e injusto sistema eleitoral do país, pelo menos pra esse cargo mais alto. Foi o caso do Jornal Nacional em 2 de novembro de 2020, quando Biden ganhou e Trump disse que não perdeu, do qual você pode ver abaixo uma cópia de menor qualidade, que na época tirei do YouTube. Mas hoje lhe dou de presente uma espécie de versão premium, ou seja, a reportagem da edição mais recente do programa Géopolitis da Rádio e Televisão Suíça francófona (RTS), explicando exatamente conceitos como “colégio eleitoral”, “grandes eleitores”, “delegados” etc.

A transcrição é minha, tendo passado o texto no Google Tradutor e depois o configurado de acordo com minhas próprias escolhas e estilo. Não sei se minha tradução ficou perfeita, mas ela está inteligível, e pros estudantes de francês, pus também a transcrição dos números longos, lembrando que na Suíça eles dizem septante (70), huitante (80) e nonante (90), e não os soixante-dix, quatre-vingts e quatre-vingt-dix que atemorizam todo iniciante! O vídeo sem legendas apresentado e narrado por Laurent Huguenin-Élie, repórter que também é formado em História, também segue abaixo:




O sistema que conduz à eleição do presidente ou da presidenta é um tanto peculiar. Ele também é uma herança dos pais fundadores. Originalmente, eles tinham pensado numa votação em duas etapas, primeiro pra indicar os homens de confiança que elegem, a seguir, a pessoa mais qualificada pra se tornar presidente. Esses homens de confiança são os grandes eleitores. Hoje, seu papel é na verdade simbólico, já que representam, de certa forma, pontos a serem ganhos. Esses intermediários permitem que falemos em sufrágio universal indireto.

Os 50 estados do país indicam um total de 538 grandes eleitores que formam o Colégio Eleitoral. A cada estado é atribuído um número de grandes eleitores correspondente ao número de seus representantes no Congresso [Nacional]. É um truque que permite que os estados pequenos e menos populosos não sejam esmagados pelos grandes. Por exemplo: o estado do Wyoming tem um total de três eleitores – um que equivale a seu deputado na Câmara dos Representantes, mais dois, já que cada estado conta com dois senadores, independentemente de seu peso demográfico. Assim, um mais dois são três. A Califórnia, o estado mais populoso, pode contar com 54 grandes eleitores, ou seja, 52 mais dois.

No dia das eleições, os cidadãos americanos são convidados a marcar [na cédula] a opção correspondente aos candidatos de sua escolha. Assim, o candidato que ficar em primeiro lugar num estado leva todos os seus grandes eleitores. É eleito presidente aquele que conseguir no mínimo a maioria dos grandes eleitores, a saber 270 dos 538, mesmo que não tenha conseguido a maioria dos votos a nível nacional. Mas ainda não chegamos nessa etapa: neste verão [do Hemisfério Norte], democratas e republicanos vão apontar oficialmente, durante as convenções partidárias, os nomes de seus preferidos, ou seja, o candidato à presidência e o companheiro ou companheira de chapa à vice-presidência.


Le système qui mène à l’élection du président ou de la présidente est un peu particulier. On le doit là encore aux constituants. Ils avaient à l’origine imaginé un vote à deux étages, pour désigner d’abord les hommes de confiance qui élisent, en suite, la personne la plus qualifiée pour devenir président. Les hommes de confiance, ce sont les grands électeurs. Leur rôle est aujourd’hui en réalité symbolique, puis qu’ils représentent, en quelque sorte, des points à gagner. Ces intermédiaires font que l’on parle de suffrage universel indirect.

Les 50 [cinquante] états du pays désignent au total 538 [cinq-cent-trente-huit] grands électeurs qui forment le Collège électorale. Chaque état se voit attribuer un nombre de grands électeus qui correspond au nombre de ses représentants au Congrès. Une astuce qui permet aux petits états les moins peuplés de ne pas se faire écraser par les grands. Exemple : l’état de Wyoming compte au total trois grands électeurs - un qui encarne son élu à la Chambre des représentants, plus deux, puisque chaque état dispose de deux sénateurs, quel que soit son poids démografique. Ainsi, un plus deux égal trois. La Californie, l’état le plus peuplé, peut tabler sur 54 [cinquante-quatre] grands électeurs, à savoir 52 [cinquante-deux] plus deux.

Le jour de l’élection, les citoyens américains sont appelés à noircir la case correspondant aux candidats de leur choix. Ainsi, le candidat qui arrive en tête dans un état obtient la totalité de ses grands électeurs. Est élu président celui qui remporte au moins la majorité des grands électeurs, à savoir 270 [deux-cent-septante] sur 538, même s’il n’obtient pas la majorité des voix sur le plan national. Mais nous n’en sommes pas encore là : cet été, démocrates et républicains vont désigner officiellement, lors des conventions de partis, le nom de leurs poulains, c’est-à-dire le candidat à la présidence et la colistière ou le colistier pour la vice-présidence.



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