quinta-feira, 15 de maio de 2025

Bin Salman “se rende” ao YMCA


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“Wilayage Beoble”!!!


Nada melhor do que esse assunto pra começar meu “Mix de política ao redor do mundo” número “24”, rs. No último dia 13 de maio, Donald Trump participou de um fórum de investimentos saudita-americano na presença do príncipe herdeiro Rei do Picadinho Mohammad bin Salman na capital da Arábia Saudita, Riad (que em inglês se costuma transcrever “Riyadh”), enquanto viajava pelos países do Golfo. Essa turnê está sendo vista como uma ruptura nos hábitos geopolíticos ianques, mesmo pro padrão MAGA, pois as viagens do hoteleiro falido pelo genérico “Oriente Médio” não podem dispensar uma parada no posto Frango Assado do evangelismo antissemita, que é o Israel do Bibi do Hamas.

Hamas com quem, aliás, Trump negociou diretamente a libertação de um soldado israelo-americano, dando um passa-moleque em sua marionete orelhuda. E pra coroar o tabefe, o Rei do Mundo se encontrou com o Joãozinho Xará, boneco da Turquia que derrubou a Girafa al-Asad, e retirou duma vez só todas as sanções contra a Síria! Resultado: o Tsahal se vingou metendo o louco em Gaza, sem autorização “de cima”, com a UE criticando e até Trump, pela primeira vez na história, “se preocupando com o destino dos palestinos”...

É verdade que os bombardeios israelenses enfraqueceram o último vizinho baathista, mas foi só chegar o governo ex-corno “ex-terrorista” que Jerusalém começou a azucrinar as colinas do Golã, tão cobiçadas quanto o Papa-Léguas pelo Coiote. O aparente enfoderamento do Fidel Castro jihadista (e é sintomático que seu apelido binladesco, “al-Jawlani”, signifique exatamente “vindo do Golã”) pelos Esteites deixou os “cyoneshtas” pê da vida, mas faz parte da ideologia que chamo de “dinheirista” do inquilino da Bely Dom: negócios, negócios, negócios... e se favorecerem a própria família (patrimonialismo bananeiro inédito no país), melhor ainda!

Mas do que mais gosto na geopolítica são situações ou entrevistas que podem virar memes mais ou menos inteligentes. O primeiro, obviamente, é a execução de YMCA no final do referido fórum, em que não só faltou apenas Trump e Bin Salman se atracarem como também boa parte da família real enforcadora saudita estava lá. Realmente, só quem queria “acabar com todas as guerras” pode realizar um feito de$$$es: veja que até um hóspede americano dá uma risadinha em certo ponto, rs.

Na verdade, considera-se que os dois tiranetes estejam até mais poderosos do que no período 2017-2021, e além de poderem definir juntos o cenário global (a começar pelos palestinos, que é a última das preocupações do Guardião das Duas Mesquitas), essa festa parece ter sido feita sob medida pro convidado norte-americano se sentir num comício próprio. Se você abrir o vídeo original, pode ver que a própria abertura conta com o “hino MAGA” I’m Proud to Be an American. E pra anedota: segundo o próprio Village People, seu hit mais famoso não é originalmente nem deve ser interpretado como um “hino gay”. Aham, Cláudia, senta lá...



Também circulou esses dias pelas redes, sobretudo pelo WhatsApp, esta montagem em IA (tá virando um perigo já!) que acredito ser, se não uma das maiores obras do século, pelo menos da época atual. Meu amigo e rei dos memes Raphael me mandou uma interpretação peculiar de Iarnuou We Are the World na voz dos principais chefes de Estado em exercício (spoiler: tem Milei, mas não tem Lula...).

Não sei quem foi que teve tempo e paciência pra desenhar os rostos e adaptar as vozes, e o pior, imitando os respectivos sotaques! Pena que não assinou, mas suspeito que tenha sido um francês, pois inseriu Jean-Luc Mélenchon e Marine Le Pen, duas nêmeses políticas que só têm importância dentro do país:


Nem parece que uma semana atrás, o mundo tava atemorizado com uma possível guerra entre duas potências nucleares: Índia (que já tá mandando brinquedinhos pra Lua, coisa que nem o petê fez) e Paquistão (que muitos até consideram um “Estado falido”). Foi só assinarem um “cessar-fogo” pra submergirem nas inacabáveis notícias sobre as viagens de Trump, mas antes os programas de geopolítica requentaram o alarmismo e as explicações históricas remontando a 1947.

Por exemplo, nesta entrevista de Mohammad Faisal, alto comissário do Paquistão no Reino Unido, ao programa The World with Yalda Hakim, ele critica os indianos por supostas violações do direito internacional. Expõe sua opinião usando o pronome “vocês” (you) como se estivesse falando diretamente aos vizinhos, mas quando percebe que pode ser mal interpretado, acaba se corrigindo e criando uma pérola poética: “Com ‘vocês’, quero dizer, você sabe, ‘eles’”, rs. Recorte inteiro ou quadrado, à sua escolha:






E antes de encerrar, uma rodada aleatória de arte anti-Putin que achei num grupo de WhatsApp do qual até já saí. Bom proveito:












Até a próxima, pessoal!


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