sábado, 17 de maio de 2025

Ericsson e Nokia derretiam cérebro?


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Prosseguindo com os textos de meu ensino médio (2003-2005) que ainda julgo serem interessantes, trago hoje uma curiosa pérola intitulada “Os malefícios do telefone celular”, datada de 2 de fevereiro de 2005 e escrita pra matéria de Física, então lecionada pela meteórica Viviane (sim, a mesma que trouxe o instrutor de bomba atômica...). Não alterei as palavras, mas apenas atualizei a ortografia. Apesar da ostentatória nota dez, acredito que tenha sido um mero texto pra uma atividade pontual, talvez um projeto de “panfleto” que poderia ser distribuído ao público. A letra horrível do texto é minha, mas a dos nomes e da data, não: Alexânia (ou Alexxânia) era uma grande amiga minha, muito inteligente, enquanto as outras duas, a julgar por seu empenho nos estudos, provavelmente “parasitaram” a atividade, rs.

Telefones celulares não eram novidade e os célebres “tijolões” já tinham se tornado peça de museu. Mesmo os alunos adolescentes já os tinham (ligar pros pais buscarem na escola ou na balada...), mas aqueles de telinha azul ou cinza, com caracteres pretos e cabendo na palma da mão, estavam no ápice da sensação. Smartphones só viriam em 2007, e mesmo por um tempo foram “apanágio” de uns poucos endinheirados ou com profissão mais executiva (a primeira pessoa que vi usando foi minha psicóloga, em 2010, imagine por quê, rs); antes deles, o máximo que um “simprinho” podia ter era um jogo bem babaca. A maior diversão proporcionada por eles era colocar como toque de chamada, ao som de “bip-bip”, Danúbio Azul ou La Cucaracha.

Porém, por vários anos, houve dúvidas quanto aos danos da radiação, tanto de aparelhos quanto de torres, à saúde humana, incluindo temores de casos de câncer. Hoje se sabe que os celulares (ao menos os modernos) emitem uma radiação de perigo mínimo, salvo pela exposição excessiva à luz das telas que pode prejudicar o sono. Os receios expostos no texto, que hoje parecem humorísticos, podiam de certa forma ser transferidos pro uso excessivo de smartphones, embora eu acredite que o distanciamento dos adolescentes pudesse ser interessante: antes mesmo dos computadores de mesa, o maior incômodo dos pais “noventistas” eram meninas que passavam o dia todo tagarelando na linha fixa, rs.


Depois de experiências feitas com ratos submetidos às ondas eletromagnéticas emitidas pelo telefone celular, comprovou-se que seu uso excessivo pode causar vários efeitos nocivos à nossa saúde. Neste manual, vamos listar alguns desses malefícios e enumerar algumas medidas para evitá-los.

As experiências com cobaias ocasionaram as seguintes alterações nesses animais:

  • Queda de 26% na fertilidade de filhotes nascidos de animais expostos à radiação;
  • Atraso no amadurecimento dos óvulos e decréscimo de 3 a 4% no consumo de alimentos; o aumento no consumo de água já era esperado devido à radiação térmica emitida pelos aparelhos nos corpos dos ratos;
  • Aumento nas dificuldades de aprendizagem e de realização de tarefas comuns.

Todavia, como esses resultados foram obtidos com experiências indiretas, os supostos malefícios não são uma verdade absoluta comprovada. Por isso, há algumas providências que podem ser tomadas para amenizar os efeitos do aparelho sobre nosso corpo. Algumas das providências listadas por pesquisadores da fabricante de celulares Ericsson são as seguintes:

  • Usar o aparelho a uma distância a partir de 2,5 cm do ouvido;
  • Falar até 6 minutos sem interrupções;
  • Uso mais frequente de recursos como fones de ouvido e viva-voz;
  • Diminuir a frequência no uso do celular para menores de 16 anos, devido ao fato de o cérebro estar em desenvolvimento.

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