quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Perguntas/respostas sobre esperanto


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Aqui está outro texto que publiquei num antigo site sobre esperanto por mim mantido entre 2005 e ca. 2007. Seu nome é “Perguntas e respostas sobre o esperanto”, e certamente não é um tom nem um conteúdo que eu externaria atualmente. Mesmo assim, pra fins de registro e memória, decidi o rever, reeditar, corrigir, atualizar e publicar aqui, pois mesmo que eu não seja mais um grande propagandista, acho muito interessantes algumas das ideias que expus aqui:



Até aqui, muitos conceitos e explicações foram apresentados sobre o esperanto, mas não pude deixar de criar uma seção que julguei importante: uma lista das mais frequentes perguntas e suas respostas (ou, como muitos chamam, FAQ – “Frequently Asked Questions” ou “Perguntas Frequentemente Feitas” ou, a título de curiosidade, em esperanto, ODD – “Ofte Demandataj Demandoj”) indagadas por pessoas que pouco ou nunca tiveram contato com esse projeto de idioma internacional. A ideia me veio à cabeça quando muitos colegas de minha escola e outros conhecidos me perguntavam o que é o esperanto, por que ele é parecido com tal idioma, quem o criou, quando ele foi criado e outras perguntas que qualquer pessoa pode fazer a você. Por isso, meu objetivo é não só dar dicas de resposta pra tais perguntas, mas sintetizar boa parte de tudo o que já expressei anteriormente, mas agora de uma forma clara e direta. Se alguém lhe perguntar sobre o esperanto, jamais se embarace! Orgulhe-se de mostrar que você apoia uma solução democrática e fácil pra resolução dos problemas causados pelas barreiras linguísticas!

1) Afinal, o que é o ESPERANTO?
O esperanto é um idioma artificial criado pra ser usado entre pessoas que falam idiomas diferentes, sem que um seja obrigado a saber o idioma do outro, colocando os dois falantes num mesmo nível de comunicação ao minar a dominação de uma determinada língua (um exemplo clássico é quando um turista americano vem ao Brasil: é mais frequente que tentemos falar o inglês ou que ele tente falar o português?).

Um idioma que desempenha tal função é chamado de “idioma internacional”, ou “língua-ponte”, e deve ser neutro, ou seja, não ser ligado a nenhum país ou cultura nem ter elementos de apenas uma ou algumas línguas ou grupos de línguas, para possibilitar essa igualdade de comunicação entre seus usuários. Muitas vezes se lê o termo esperantista, e muitas conotações são dadas a ele, entre práticas e até políticas (como em “comunista”, “nazista” etc.). Prefiro interpretar o termo como “aquele que fala e trabalha em prol do esperanto” (ou seja, não interpretar como “membro de uma filosofia”, mas como “profissional” ou “trabalhador”, como em “maquinista”, “frentista” etc.), não precisando ser aplicado a todos os falantes, que podem usá-lo desde a simples finalidade prática, até trabalhar ativamente dentro do movimento esperantista.

2) Ah, é o “idioma da paz”, né? Mas por que ele é chamado assim?
Muitos conflitos no mundo são causados pelas diferenças culturais, ou seja, ou um povo não tolera os costumes do outro simplesmente porque são diferentes dos seus, ou um povo domina o outro através da potência militar (como no passado) ou da potência midiática e econômica (como ocorre hoje) e a ele impõe sua cultura. Na cultura, está embutida a língua, que também se impõe sobre um povo dominado ou acaba sendo usada em conferências e outros eventos e encontros internacionais, favorecendo apenas o povo que a usa. A imposição de um ou mais idiomas a nível internacional como línguas-ponte acaba apenas acirrando a disputa pela hegemonia cultural dos países, gerando uma discórdia sem fim.

Com o esperanto, nenhum povo ou língua é exclusivamente favorecido, colocando todos os povos no mesmo nível de igualdade de comunicação, o que acontece quando eles se reúnem num plano neutro pra resolver seus problemas. Quando essas disputas culturais por favorecimento internacional acabarem ou forem amenizadas, com certeza isso será um grande passo pro entendimento entre as nações. É claro que muitos falam: “O esperanto não é suficiente pra pacificar o mundo!” É claro que não, mas é um eficaz instrumento pra alcançarmos esse sonho, pois coloca os interlocutores em pé de igualdade, o que é um caminho pro despertar da disposição de todos pra se reunirem e resolverem os problemas do mundo, a começar pelos conflitos culturais! Portanto, um título mais justo pro esperanto seria “a língua da igualdade”.

3) Quando foi criado o esperanto? Quem o criou? Por que ele tem esse nome?
O esperanto foi criado pelo oftalmologista judeu-polonês Ludwig Lejzer (Luís Lázaro ou, em esperanto, Ludoviko Lazaro) Zamenhof, que sabia muitas línguas e a partir delas criou pelo menos dois protótipos (“Lingwe Uniwersala” e “Pra-Esperanto”) antes de chegar ao projeto final, testando diálogos e traduzindo muitas obras antes de divulgá-lo publicamente. A data considerada como o “aniversário” do esperanto é 26 de julho de 1887, quando Zamenhof, com a ajuda do sogro, consegue publicar o Primeiro Livro da Língua Internacional (posteriormente, surge ainda o Segundo Livro, como complemento ao primeiro), que contém gramática básica, vocabulário, textos e exercícios.

Até certo tempo, o esperanto não tinha nome; no Primeiro Livro, Zamenhof ainda não usou seu nome como autor do livro, mas usou o pseudônimo “Doutor Esperanto” (esperanto, na própria língua, significa “aquele que tem esperança”). Algumas pessoas começaram a chamar o idioma de “a língua do Doutor Esperanto”, mas as outras palavras foram caindo até que se chamasse o idioma simplesmente de “Esperanto”. Uma curiosidade: Zamenhof gostava de dizer que ele não era o “criador”, mas o “iniciador” do esperanto.

4) Quantas pessoas no mundo falam o esperanto? Onde ele é falado?
Nunca se chegou a um número preciso sobre seu número de falantes, pois muitas pessoas aprendem o esperanto não só por escolas, mas sozinhas, por meio de cursos por correspondência ou outros métodos autodidáticos [em 2024, por aplicativos como o Duolingo e sites como o Lernu, por exemplo]. Eu mesmo vi num livro o nome “esperanto” pela primeira vez, fui pesquisar na Enciclopédia Barsa pra ver de que língua se tratava, tomei conhecimento de sua estrutura e vasculhei na internet cursos de esperanto pra ter noções básicas e, mais posteriormente, aperfeiçoar-me nos níveis médio e avançado, além de comprar alguns livros e dicionários; resumindo: aprendi sozinho. Enfim, devido à falta de um padrão pra catalogação dos falantes do esperanto e da dispersão dos usuários, os números são calculados usando estimativas de congressos, clubes etc. É comprovado que bem mais de 1 milhão de falantes já usam o idioma de Zamenhof, desde as noções básicas até o emprego em meios técnicos; isso é um dado muito relevante, pois muitos idiomas étnicos (ou seja, falados por minorias étnicas) nem chegam a isso, sendo por isso condenados à extinção (eis também um motivo pelo qual o esperanto pode ser usado pra proteger a memória dessas línguas).

A partir daí, os dados variam muito, com especulações sobre até 10 milhões de falantes, ainda que muitos considerem isso um exagero. Um site [Ethnologue? Omniglot?] diz que o número de falantes varia entre 100 mil (que seria muito pouco) e 3 milhões. Quanto ao lugar onde ele é falado, lembremos que ele não pertence a nenhum grupo étnico nem a país algum, e por isso não pode ser associado a nenhuma região, em especial. Mas em se tratando de locais onde ele é praticado, podemos encontrar esperantistas em todos os continentes (pelo menos nunca ouvi falar de esperantistas na Antártida...), seja em associações sólidas ou em práticas isoladas; os locais onde o movimento mais está presente é na Europa e, acredite, no Brasil, e a sede da Associação Universal de Esperanto (UEA) está em Roterdã, Holanda.

5) De que línguas veio o esperanto?
Sobre isso, você pode ler este texto, disponível em esperanto e em português, com vários detalhes sobre grande parte da gramática do idioma, mas também é possível expressar-se sucintamente quais foram as fontes de inspiração de Zamenhof. Resumindo tudo, costuma-se dizer que 60% do esperanto têm origem latina (latim, francês, espanhol, português, italiano etc.), 30% têm origem anglo-saxônica (inglês, alemão etc.) e 10% têm outras origens. A grande porcentagem latina se deve ao vocabulário, vindo essencialmente dessas línguas, pois os radicais latinos são considerados internacionais.

Mas Zamenhof sabia muitas outras línguas e não deixou de absorver o seu melhor pra criar sua obra-prima. O texto citado acima informa que a língua, por fora, (radicais, afixos, desinências, a conjunção kaj – que significa “e” e vem do grego – e a ordem das palavras) tem aspecto ocidental (línguas indo-europeias), mas sua organização gramatical (organização das palavras conforme os radicais, ausência dos tempos subjuntivos e do aspecto imperfeito aos verbos, aglutinação – aglomeração de radicais pra formação de novas palavras – e grande uso de afixos) sofreu influência oriental (línguas não indo-europeias como o turco e o húngaro, que são respectivamente das famílias túrquica e urálica, à qual também pertence o finlandês, e o hebraico, que é do grupo semítico da família afro-asiática, ao qual também pertencem o árabe e o aramaico). O que é de concordância geral entre os esperantistas é que o grande conhecimento linguístico de Zamenhof fez o esperanto abranger uma vasta gama de elementos facilmente reconhecíveis que não só mostram o quanto ele não está centralizado num grupo exclusivo de línguas, mas como ele é uma ponte eficaz pra rapidez no aprendizado de outros idiomas.

6) Quanto tempo se demora pra aprender o esperanto?
Daí, vai depender de muitos fatores. As fontes mais comuns especulam que se possa dominar o básico dentro de pelo menos 6 meses, ou até um ano, devido à regularidade de sua gramática. Mas eu acho que isso pode variar de acordo com muitos fatores:

  1. Origem do falante: Por ser em boa parte europeu, é claro que quem tem mais domínio de tais línguas (em especial dos grupos românico, germânico e balto-eslavo) aprende-o mais rápido, seja no vocabulário, seja na gramática; veja, por exemplo, se você entende as palavras floro, granda, bela, minuto etc. Mas isso não parece ser importante, pois no Extremo Oriente, além do esperanto estar fazendo um grande sucesso, muitos ainda afirmam que o esperanto é o idioma mais fácil que existe!
  2. Conhecimentos linguísticos prévios: Assim como quem aprende esperanto aprende melhor outros idiomas, o contrário também acontece. Sabendo línguas como o francês, o alemão, o inglês, o italiano, o latim e o grego, você de cara entenderá muitas palavras do esperanto sem precisar recorrer ao dicionário. De tais línguas, respectivamente, vêm palavras como dimanĉo (dimanche = domingo; os dias úteis da semana vêm do francês), knabo (Knabe = garoto), fiŝo (fish = peixe), ĝardeno (giardino, com influência do inglês garden = jardim), apud (apud = próximo a) e kaj (και/kai = e).
  3. Aonde você quer chegar: Vai depender também de qual será seu campo e frequência de uso. Você pretende apenas aprender o básico conversacional pra fazer amigos e usar em outras ocasiões cotidianas, deseja participar de congressos pra acompanhar o progresso da língua, que aplicar o esperanto à sua área de trabalho ou passar o tempo como um genuíno esperantólogo (pessoa que sabe bem sobre a história do idioma e do movimento esperantista) e estudar as pessoas de Zamenhof, René de Saussure, Gaston Waringhien, Claude Piron, Julio Baghy, Ivo Lapenna, Boris Kolker, Edmund Grimley Evans ou outros esperantistas eminentes? Eu, por exemplo, que comecei minha jornada em julho de 2000, até o momento em que escrevi este texto, estava lendo um curso de aperfeiçoamento... Enfim, seus objetivos definem se o básico já é contentável ou se é necessário maior aprofundamento na língua.

7) Qual é o símbolo usado pra identificar o esperanto?
É de consenso geral que a cor usada nos símbolos esperantistas é o verde, que é a cor da esperança, incluída no significado da palavra “esperanto”, ainda que ela não seja obrigatória. Mas esse uso se popularizou tanto que é difícil encontrar alguma coisa esperantista que não seja verde. Quanto aos símbolos, com certeza o mais popular consiste na estrela verde de cinco pontas, com ou sem o “e” branco central. Também é muito conhecida a bandeira oficializada no primeiro Congresso Universal, ocorrido em 1905, na França, de proporções 2:3, verde, em cujo canto superior esquerdo se encontra um campo branco com a estrela verde sem o “e” em seu centro.

Outro símbolo usado pra identificar a presença do esperanto é o chamado La Melono (“O Melão”) ou rugbea pilko (“bola de rugby”), ou ainda Esperanto-ovo (ovo esperantista), devido à sua semelhança com esses objetos, que foi criado por um brasileiro pra comemoração do jubileu centenário do esperanto, ocorrido em 1987 (por isso, ele também é chamado de jubilea simbolo, ou “símbolo do jubileu”). Acredito que ele é bem mais adequado, pois, além de possuir uma harmonia simétrica, é um símbolo mais particular do que a estrela, pois nenhuma outra ideia possui símbolo parecido, levando-nos já diretamente à ideia “esperanto”. Já a estrela de cinco pontas, principalmente se ela não leva o “e” central (que a diferenciaria de outras estrelas de cinco pontas) possui muitos outros significados e empregos. Quanto à bandeira, muitos acreditam que, por se tratar de um idioma, o esperanto não necessita de uma, sendo um símbolo simples o meio mais prático de representá-lo.

8) O esperanto não é uma filosofia ou uma religião?
Muitos fatores levam as pessoas a pensar isso, mas a resposta definitiva é não. O primeiro é a alcunha de “idioma da paz” que ele leva, fazendo com que se concretizasse um ideal entre os falantes do esperanto, que é essa tendência pacifista. Esse ideal é interpretado por muitos como uma “religião” ou uma “filosofia”, mas é somente um sentimento que nasce em muitos após o uso de um idioma neutro que não favorece nenhum povo exclusivamente. O que também muitos chamam de “esperantismo” não é só esse sentimento, mas também, segundo Zamenhof, é a crença na eficácia da adoção de um idioma internacional como língua usada pra pacificar lugares dominados pela disputa hegemônica de uma ou outra língua materna e pra publicação de obras de igual interesse a todos os povos. Ele ainda dizia que cada um poderia guardar pra si a definição de esperantismo ou o sentimento que ele desperta em cada um, e que os conceitos expressos por ele não são obrigatórios.

Assim como também nenhum esperantista era obrigado a seguir uma doutrina pacifista criada também por Zamenhof, chamada “homaranismo”, que em si nada tinha a ver com o esperanto. Também é comum a grande relação entre o esperanto e o espiritismo, que usou esse idioma como língua de trabalho e pra divulgar várias obras, e por isso muitos afirmam que ambos são interdependentes, o que não é verdade. Pra mais informações, leia este artigo meu.

9) Por que o esperanto, mesmo tendo tantos falantes e muitas vezes sendo conhecido como “o idioma internacional”, é pouco divulgado e quase não se ouve falar dele?
Uma das hipóteses escrita pra mim por e-mail foi: “será que existem interesses escusos que não permitem uma maior divulgação dele?”. A história do mundo nos fornece muitas explicações pra isso, pois, assim como a história e por ser ligado a ela, o esperanto é um ser “vivo” sujeito a mutações. Pra mim, em primeiro lugar, as duas Guerras Mundiais foram decisivas pro futuro do movimento: na Primeira, tal como ocorreu com vários empreendimentos que poderiam marcar o século 20, foi impossível a reunião de esperantistas de diversos países, principalmente na Europa, foco das duas guerras, atrasando a evolução do movimento; na Segunda, além da impossibilidade de reunião, os esperantistas se viram perseguidos pelas ditaduras de Hitler e de Stalin, um falando que “o esperanto era a língua que os judeus usariam pra dominar o mundo”, e outro afirmando que “o esperanto era uma língua da burguesia cosmopolita”.

Além disso, a imposição das línguas nacionais aos outros povos e o poder de decisão de suas nações não permitiram divulgação e aplicação amplos dele (sobre isso, ler este outro artigo meu), facilitando a expansão de várias ideias erradas sobre o esperanto, tais como “ele não deu certo”, “ninguém o fala”, “ele foi extinto” e outros absurdos. Outro problema também é que, às vezes, alguns membros e clubes do mundo esperantista não investem em divulgação e outros recursos pra atrair falantes, esperando que novos interessados pelo esperanto apareçam por conta própria e fechando o movimento somente àqueles que já falam esperanto, como se ele fosse um grupo filosófico ou, segundo alguns teóricos, um grupo cultural diaspórico, o que não é verdade.

10) Quais são as vantagens da utilização do esperanto?
Muitas vantagens já foram citadas neste e em outros artigos desta página, mas podemos resumi-las nos seguintes itens:

  • Permite que pessoas que falam idiomas diferentes possam entender-se sem que sejam obrigadas a falar o idioma do outro, causando assim uma relação de dominação.
  • O uso de um idioma-ponte neutro permitiria uma grande economia nos setores de tradução das grandes organizações internacionais, como a ONU e a União Europeia, onde atualmente muitos parlamentares lutam por sua adoção no lugar do uso de todas as línguas do continente ou de apenas uma só, pois seus membros não precisariam do serviço de tradutores e compreenderiam diretamente e sem erros os discursos dos colegas. Isso é possível porque Zamenhof não reservou a si os direitos de uso do esperanto, ficando livre a qualquer pessoa ou órgão sua utilização tal como ele(a) ache mais adequado.
  • Ajuda na compreensão mútua de pessoas que falam uma mesma língua, mas um não compreende o dialeto do outro, principalmente se eles são ininteligíveis. Ao invés de predominar um dialeto, o esperanto pode ser usado como língua-ponte. Um exemplo ocorre na China, onde existem em torno de 100 dialetos do chinês e só o mandarim, falado em Pequim, por meio da mídia, acaba predominando sobre os demais.
  • Sendo um idioma fácil e de rápido aprendizado, o custo de sua aquisição é baixo, e permite que não precisemos permanecer durante vários anos aprendendo gramáticas e pronúncias irregulares de idiomas que variam não só de acordo com a época, mas também com o local em que são falados.
  • De modo barato e rápido, o esperanto também permite que tenhamos contato com elementos de outras línguas, mesmo nunca tendo tido contato com elas, e seu domínio faz com que aprendamos mais fácil outros idiomas, em especial os europeus. Uma universidade realizou pesquisas com alunos que aprenderam francês: aqueles que tiveram contato anterior com o esperanto demoraram seis meses a menos pra aprendê-lo do que os alunos que não tiveram contato com o idioma de Zamenhof.
  • Essa comunicação em pé de igualdade sobre bases neutras desperta no falante do esperanto um sentimento de fraternidade ao sentir a possibilidade de poder se comunicar, trocar ideias e fazer amizades com falantes de outros idiomas, esquecendo-se de todas as suas diferenças, o que não ocorre quando nos vemos obrigados a falar um outro idioma imposto pela força política, militar ou econômica.
  • E essa é mais uma vantagem do esperanto: não se impõe como idioma obrigatório às nações e aos povos, ficando livre o arbítrio de cada um ou de cada coletividade sobre sua utilização ou não, com base nos benefícios que seu uso constante pode trazer.

É com muita garra e força de vontade que nós, esperantistas, devemos lutar pela divulgação da ideia de um idioma neutro e internacional pra que enfim resolvamos os problemas gerados pelas diferenças linguísticas. E investir em meios de fazer o público ver que ele é um idioma, e é um idioma vivo, é o melhor meio de fazê-lo. Experimente uma nova perspectiva de intercâmbio cultural e descubra que deixar o exclusivismo nacional é compreender o mundo e ver seus problemas de uma forma nova!



Esperantistas militando esperançosos pelo esperanto.

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