domingo, 21 de maio de 2023

Novamente, memes sobre Bolsonaro


Link curto pra esta publicação: fishuk.cc/bolso-memes3


Estamos sob um novo governo menos destrutivo, mas tenho que republicar (e pedir pra que você divulgue) estes “memes” restantes sobre um tal Jair Messias. Primeiro, porque são restolhos do antigo canal Pan-Eslavo Brasil (e por isso, infelizmente, muitos ainda estão por vir), e segundo, porque tem coisas que realmente não devem ser esquecidas, visto que a maioria da população hoje só se informa pelas postagens imediatas de WhatsApp, e incrivelmente muita gente só acredita no que é vomitado pela bolha virtual fascista...

Ao contrário da primeira e da segunda publicações de memes da “Nova Era”, que tinham caráter mais humorístico porque a máfia ainda não tinha mostrado todo seu caráter destrutivo, os vídeos depois dos dois primeiros são montagens criadas por grupos de oposição não identificados, que foram feitas a princípio pra circularem nas principais mídias sociais, como WhatsApp e Twitter. Elas precisam mesmo ser imortalizadas, pois além do humor genial, esculpem no mármore as desgraças e escândalos então construídos, sobretudo durante 2021, nosso pior ano com a pandemia de covid. Devemos evitar que no futuro haja uma “reabilitação” do bolsonarismo por meio da deturpação da memória histórica, como ocorreu com a ditadura civil-militar e, parcialmente, com o período imperial.

No caso do primeiro vídeo, há de fato algum humor por causa do jeito que fiz a montagem e das situações em que o ex-presidente se encontrava. O título original da publicação era The Greatest Hits of Jair Bolsonaro: presidente canta pro seu jejum na quarentena. A questão do jejum tem a ver com uma de suas proposições malucas nas lives de quinta-feira, quando a pandemia ainda estava no início: ele ainda insistia na falácia da cloroquina, atacava as vacinas que seriam produzidas e... sugeriu que (ao menos) os evangélicos jejuassem contra o coronavírus! Segue apenas a descrição original com poucas mudanças:

Você que está aí curtindo uma fominha de frango assado e macarrão [devia ser domingo], bora ver alguns dos momentos musicais do “Mytho” nos últimos anos? Estão reclamando que só tô zoando o presidente, mas acontece que não sou eu que crio os “memes”: o cara e sua família já são um meme ambulante [devo essa expressão a um antigo colega de grupo do Whats], rs. Claro que não podia deixar de fazer aquelas montagens pra dar sabor ao conteúdo, mas seguem abaixo os vídeos de onde tirei as cenas (com a participação do ex-agrominion [na verdade ele mesmo seria reeleito e apoiaria a reeleição do Coiso] Ronaldo Caiado e vários ministros que já tombaram):

http://youtu.be/HbctGSUe498
http://youtu.be/RfdKrbQv4Io
http://youtu.be/UshziUyglmM
http://youtu.be/-sPFFZ7zlnM
http://youtu.be/8blpqX-DhvA
http://youtu.be/xWjHxqe61x0
http://youtu.be/bO9xegZJRTc
http://youtu.be/cV1jsrM6q6M
http://youtu.be/Vq8yrSWj_GY
http://youtu.be/hux10uKCTQA
http://youtu.be/Hlgaw3kJJfU
http://youtu.be/UshziUyglmM


Bolsonaro sobre Bolsonaro – A live do Micto transmitida pela Jovem Pan em 18 de março de 2021 podia passar apenas como mais um festival de pérolas ou, pelos muitos comentários deixados, como a primeira vez em que os comentários o xingando (e isso num canal governista!) pareciam superar os aduladores. Mas na pressa antes que por isso mesmo os administradores resolvessem editar ou apagar o vídeo, selecionei os trechos em que o presidente faz o favor de ler parte de um “artigo” publicado na Folha de S. Paulo do mesmo dia, assinado por uma tal Mariliz Pereira Jorge. Tratava-se apenas de uma sucessão de xingamentos e ofensas, com o título “Bolsonaro”, embora não houvesse nenhum palavrão propriamente dito, ao contrário do que disse o destinatário (exceto talvez por “c... de boi”).

Interessante é o arcaísmo ou a complexidade de certos termos, que deixaram Messias Jair engasgando na leitura ou talvez precisando de um dicionário a tiracolo pra fruir o conteúdo. Por causa de uns outdoors que foram colocados em Palmas, e por causa do processo movido (não pelo Micto) contra Felipe Neto, que em seu canal chamou o presidente de “genocida” (por causa das mortes incontroláveis pela covid), estão correndo na internet a expressão regional nortista “pequi roído” e o epíteto “genocida”. Ambas terminam exatamente o “texto”, no único parágrafo independente. Dando destaque a mais uma magnífica interpretação em Libras dos sucessivos arrazoados, segue minha edição pra que ninguém dependa de achar os trechos dentro do vídeo de 57 minutos!

Nenhuma menção ao senador Major Olímpio, seu ex-aliado falecido de covid na mesma quinta. Ruy Castro (curiosamente empossado em março de 2023 como “Fraldão” da ABL, como dizemos em casa, rs), que parece ter uma coceira anal pelo ex-capitão, também publicou naqueles dias algo parecido, embora tentando “tirar o dele da reta”, como sempre, atribuindo a autoria a um “amigo músico”.


BOLSOCARO: a inflação no Brasil volta a ameaçar em março de 2021

Desde o início de março de 2021, começou a circular nas redes sociais de forma anônima esta montagem chamada ironicamente de “BolsoCaro” (este canal de um petista apenas repostou) em referência ao aumento de preços no Brasil. Os autores ou autoras fizeram uma paródia das propagandas escandalosas e cafonas de supermercados, hipermercados e lojas de departamentos frequentados pelas massas populares, comuns sobretudo em canais de TV locais ou com menor audiência e que se destacam pelos preços presumidamente baixos das principais mercadorias.

Em meio à crise econômica e sanitária causada pela pandemia, a sátira visa especialmente a inação do governo de Jair Bolsonaro, a inflação de produtos básicos que ameaçava disparar nos próximos meses e os escândalos de corrupção que se insinuavam na família do presidente. Meses depois, fizeram também uma versão especial de Sete de Setembro focada nos escândalos de corrupção e falcatruas:




CUSTO BOLSONARO: o quanto a gestão federal está entravando o país?

Também no início de março de 2021, assim como o vídeo viral do “BolsoCaro”, outra montagem anônima (canal que apenas repostou) invadiu as redes sociais. Desta vez, a sátira se chama “Custo Bolsonaro”, em referência à famosa expressão “custo Brasil” de nosso economês, indicando os entraves da infraestrutura nacional ao crescimento da riqueza, ou a variantes parecidas, como “custo PT”, “custo Lula” etc. Isso é notável quando lembramos que durante a campanha, o agora ex-presidente culpou a esquerda por nossos males e prometeu “tirar o Estado do cangote do cidadão”, reduzir os preços e liberalizar a economia.

Com a crise da covid mal administrada e decisões econômicas erráticas, os efeitos foram totalmente o contrário. Os autores ou autoras também atacam o pouco pragmatismo em política internacional, os ataques ao meio-ambiente, a intervenção de crenças religiosas e o isolamento do Brasil, que, em comparação com outros países, estaria ficando pra trás em benefícios. Sem esquecer novamente, claro, os escândalos de corrupção que se insinuavam junto à “família presidencial”.


Epílogo trágico: Claro que ainda estávamos em 2021 e a invasão russa em larga escala à Ucrânia (“larga escala” porque na verdade ela já começou sorrateiramente em 2014!) era impensável, pelo menos em março ou setembro. Deflagrado o conflito, que também avariou a economia mundial, é claro que o Bunda Suja arranjava mais um pretexto pra encobrir sua incompetência! Justo quem tinha visitado Putin pouco antes da agressão e dito “Somos solidários à Rússia”...

É claro que o antiamericanismo cego do PT (não só de Lula) e da maior parte de nossas esquerdas está impedindo que tenhamos um papel relevante pra tirar o Kremlin da Ucrânia e impedir a China de agir como “bombeiro pirômano”, principalmente por meio do privilegiado foro que são os BRICS. Mas nem por isso o atual governo culpa a guerra pelas coisas que ainda faltam por consertar no Brasil e pelas que ele tem dificuldade de encarar!


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