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Procurando na rede poesia belarussa para ler e ocasionalmente traduzir (acho essa língua muito bonita!), achei por acaso o site Vershy.ru, que está todo em belarusso e tem poemas de vários autores, a maioria talvez não profissional, classificados pelo nome do escritor ou pelo tema de que tratam. Gostei muito de navegar nele, vi muitos poemas legais e dignos de ser trabalhados!
Um deles que julguei legal, curtinho e fácil o suficiente para uma iniciativa rápida foi o poema “Мой край” (Moi krai), que literalmente significa Minha terra e foi escrito por Dzmitry Sholakhau (Дзмітрый Шолахаў), sobre quem não encontrei mais informações na rede. O único fato interessante de que fiquei sabendo foi que a versão russa do nome, Dmitry Sholokhov, é usada por outro belarusso, um designer de moda que vive em Nova York. Até porque talvez seja um nome comum em Belarus, e porque não vi referências ao radicado como poeta, não tive por que crer serem os dois a mesma pessoa.
O poema de Sholakhau está nesta página, e clicando em seu nome pode-se ler outros escritos seus. Abaixo também fiz uma tabela com quatro composições: o texto belarusso em cirílico e na transliteração para o alfabeto latino conforme meu sistema, e a tradução literal com uma tradução poética minha, para vocês assimilarem a essência do trabalho. Além disso, antes da tabela coloquei um vídeo que estava no meu antigo canal do YouTube e que mostra minha leitura em voz alta do poema em belarusso, para os curiosos de como soa a língua, e na tradução poética, acompanhados de legendas:
Мой край Дзмітрый Шолахаў Край мой мілы, край мой светлы, Што няма яму узораў, Край мой родны, край любімы – І нікому, край мой мілы, | Moi krai Dzmitry Sholakhau Krai moi mily, krai moi svetly, Shto niama iamu uzorau, Krai moi rodny, krai liubimy – I nikomu, krai moi mily, |
Minha terra (tradução literal) Minha terra querida, minha terra iluminada, Que dela não há modelos, Minha terra natal, terra amada – E a ninguém, minha terra querida, | Torrão (tradução poética) Meu torrão amado e raro, Que não há igual no mundo, Meu torrão natal querido – Vou guardar em meu torrão |