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Desde 2001, celebram-se todos os anos o Dia dos Veteranos e dos Tombados na Guerra das Malvinas em 2 de abril, data em que começou a guerra promovida pelo ditador militar Leopoldo Galtieri em 1982. Mas a ideia da música é anterior, pois em 1939 se criou a “Junta de Recuperação das Malvinas”, pra conscientizar o povo sobre o assunto. Também se organizou então um concurso poético-musical, e no início de 1941 esta canção ganhou o prêmio. E óbvio, a música foi popularizada na guerra fracassada com o Reino Unido em 1982.
O homem da imagem no começo e no fim do vídeo é o próprio Galtieri, que usou a guerra pra levantar o moral da população num tempo de declínio do regime militar. O conflito foi providencial pra Margaret Thatcher, que alcançou nova popularidade ao disfarçar suas políticas recessivas, mas marcou o fim da última ditadura argentina, humilhada pelas inúmeras baixas inúteis. Esta canção é um dos símbolos do “irredentismo argentino”, ideário que prega a soberania da Argentina em vários territórios disputados com os vizinhos, inclusive, claro, as Malvinas, que chamei de “Falklands” no vídeo só pra provocar...
Eu baixei o áudio deste vídeo, que tem também algumas imagens relacionadas e a legenda em espanhol. O discurso de Galtieri foi feito durante a declaração de guerra, no sábado de Aleluia (véspera da Páscoa), e pode ser visto na íntegra nesta página. No final da minha montagem, eu colei a famosa parte em que ele diz: “Se querem vir (os britânicos), que venham, ofereceremos batalha!” Eu mesmo traduzi, legendei e montei o novo vídeo, tendo tirado a letra original e a informação histórica da Wikipédia em espanhol. Vejam a montagem duas vezes, lendo uma legenda de cada vez! Seguem abaixo a legendagem, que está postada no meu canal Eslavo (YouTube), o poema original e a tradução em português:
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Tras su manto de neblinas,
No las hemos de olvidar. “¡Las Malvinas, Argentinas!”, Clama el viento y ruge el mar. Ni de aquellos horizontes
Por ausente, por vencido,
¿Quién nos habla aquí de olvido,
¡Rompa el manto de neblinas,
Y ante el sol de nuestro emblema,
¡Para honor de nuestro emblema,
____________________ Ocultas em manto nevoado, Nunca iremos as esquecer. “Falklands são argentinas!”, Grita o vento e ruge o mar. Nem daqueles horizontes
Mesmo ausente ou vencido,
Quem está falando em esquecer,
Nosso ideal, como um sol,
Face ao sol de nosso emblema,
Para honrar nosso emblema,
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Tão nem aí pra quem governa esse Paraíso...